Quero ouvir, presto atenção mas???
Falam matemática e física, ouço matemática espírita. Não pode ser isso. Recuso.
São meus ouvidos loucos, surdos. E fico com a versão dadaísta, impressionista, surrealista.
O louco verbal me atrai mais do que o razoável convencional.
Dessa maneira, afino minha audição para o silêncio calculado, espantado.
Fico quieto, observante, atento às palavras passantes.
O que ouço e me faz silencioso são as frases ditas sem palavras.
Como os gatos e os cachorros, percebo freqüências mudas.
Meu futuro, meu passado, ecoam fazendo tremer minha intuição apavorada, não desejada. Não quero, prefiro não saber ignorar. E então volto a sintonizar no mundo real, anormal.
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