sábado, julho 26, 2014

Não desejarás a mulher do próximo!...


... e a mulher do próximo, pode me desejar?
E se desejo o próximo ou ele me deseja?
E se o próximo não deseja a mulher dele?
E se a mulher do próximo não deseja ele?

E se os três nos desejamos?
E se ninguém deseja ninguém?
E se minha mulher deseja a mulher do próximo?
E, por que não... o próximo?

E se o próximo deseja minha mulher?
E se eu desejo a minha mulher e a do próximo?
E se ambas me desejam?
E se... todos nos desejamos?...

Sempre aparecerá alguém para dizer: "vamos parar por aí!... não desejarás!... e ponto final!"


 O Caos e a Cultura no Centro de São Paulo
Sempre digo que as pessoas passam pelas ruas do Centro de São Paulo e essas pessoas não sabem o que esta a sua frente, temos  que observar essas maravilhas que ai estar.  
Parafraseando o Premeditando o Breque “É sempre lindo andar na cidade de São Paulo” e isso é verdade andar pelo centro de São Paulo é um dos passeios culturais mais charmosos, fácil, práticos e barato de se realizar. A cada esquina  em cada rua percorrida a História pulsa e grita: “Eis-me aqui”. Imóveis de todos os tipos narram um pouco do que se foi e ainda persiste em fica, o antigo e o moderno lado a lado tudo para você...e de graça.

TOME NOTA
Fiz um roteiro das principais Galerias do centro de São Paulo, então vamos lá.

Nome
LOCAL
INFORMAÇÕES
Boulevard do Centro
R. 24 de Maio, 188 / R. D. José
de Barros, 301
Fone: 3333-2800

Restaurantes

Condomínio Ed. e Galerias São Bento
R. São Bento, 545 / R. Líbero Badaró, 644 (Próximo ao largo
de São Bento)
Fone:3242-9654
Uma galeria com 4 andares e lojas diversas como copiadoras, ópticas, farmácia de manipulação, restaurante, lanchonetes, floricultura, sorveteria, amolador de alicates, etc. Entrada também pela Rua: Libero Badaró,  644.
Shopping Porto Geral
Ladeira Porto Geral, 14 - Centro
Fone: 3101-1162
Bijuterias, Perfumarias, Praça de Alimentação.

Galeria 7 de Abril - 1962

R. 7 de Abril, 125
3257-7189
Conhecida como "galeria da foto", tem várias lojas de equipamentos fotográficos profissionais. Além de oferecer serviço de afiação de facas e tesouras, vende relógios antigos.
Galeria Almira
Av. Cásper Líbero, 538
Fone: 3228-1721
Locadora de Vídeo, Despachante, Cabeleireiros, Lanchonetes, Lavanderia.


Galeria Califórnia
 - 1953

R. Barão de Itapetininga, 255 /
R. D. José de Barros, 61
Fone: 3120-8752
É uma galeria com muitas lojas de souvenires, pedras preciosas e semi-preciosas, restaurante, lanchonetes, copiadoras, loja de artigos esotéricos, livraria especializada em publicações estrangeiras.


Galeria Cinerama

Av. Ipiranga, 919
Fone: 3326-1980
Tem muitas lojas incluindo consultório dentário, despachante, copiadora, perfumaria, barbearia, agência de turismo e lojas especializadas em fechaduras.
Galeria Conde de Sarzedas
R. Conde de Sarzedas, 149
Fone: 3115-1980
Galeria Gospel (Artigos Evangélhicos) Camisetas, CD's, DVD's, Livros, Porcelanas.
Galeria do Edifício Copan
Av. Ipiranga, 200 e Av. São Luís, 130/140
Fone: 3257-6169
Cabeleireiros, Pet Shop, Lavanderia, Padaria, Lanchonetes, Pizzarias, Cafeterias, Lan House, Locadora de Vídeos.
Galeria do Edifício Itália
Av. Ipiranga, 344 / Av. São Luiz
Fone: 2189-2997
Restaurantes, Turismo, Cafeterias, Perfumaria, Bolsas.

Galeria do Rock ou Grandes Galerias - 1962
R. 24 de Maio, 62
Fone: 3337-2361

Av. São João, 439
Fone: 3223-8402

Galeria do Rock: CD's, DVD's, roupas Femininas e Masculinas, Piercing, Cabeleireiros Afro.
Galeria Guatapará Edifício Histórico - 1928
R. Barão de Itapetininga, 112 / R. 24 de Maio, 95
Fone: 3214-3501
Galeria pequena com várias lojas e restaurantes. Instalada no local onde no passado funcionaram os estábulos das Indústrias Matarazzo.

Galeria Ipê, 7 de Abril e das Artes - 1951


R. 7 de Abril, 111, 117 e 125
Fone: 3257-7189
São três galerias, uma ao lado da outra, com passagem da Rua Bráulio Gomes para Rua 7 de Abril, no Centro Novo. As três têm dezenas de lojas dos mais variados ramos de negócios incluindo joalherias, casas de molduras com exposição de obras de arte, loja de materiais e equipamento fotográfico, lojas de pedras preciosas e souvenires, informática, etc
Galeria Itá
1949/1963
R. Barão de Itapetininga, 88
Fone: 3221-0500
É ligada à Galeria  R. Monteiro. Entrada pela Rua Barão de Itapetinga, 88. Duas galerias em uma única.
   
Galeria Itapetininga – 1957
Antiga Galeria Guatapará (1933)
R. Barão de Itapetininga, 267 / R. Sete de Abril, 356
Fone: 3259-6515
Pequena mas muito agradável esta galeria dá passagem da Rua 7 de Abril para a Rua Barão de Itapetininga. Tem loja de perfumes importados, roupas e artigos indianos, souvenires e artigos esotéricos, bijuterias, lingerie, erótica masculina e feminina, roupas para bebês, boutique, oficinas de restauro de fotografias e recuperação de relógios. Considerada o maior centro de vendas de brinquedos antigos do país.

Galeria José Bonifácio


R. José Bonifácio, 176
Fone: 9728-7639
Tem um excelente restaurante, lanchonetes, ópticas, cabeleireiros e lojas de carimbos. Nesta Galeria está situada a única loja do Brasil especializada em pulseiras para relógios de pulso. A sobreloja tem restaurantes, lojas de consertos de eletro-domésticos e as oficinas da mais conhecida encadernadora de São Paulo, a Encadernadora Kristina.

Galeria Lousan
R. Barão de Itapetininga, 163 / R. Dom José de Barros
Fone: 3151-6817 
Ótica, Calçados, Roupas Femininas, Xerox, Lanchonete.
Galeria Louvre
Av. São Luís, 192
Fone: 3257-3913
Pequena, mas muito acolhedora. Tem agências de turismo, cartório, copiadora, etc.

Galeria Major Diogo
Rua Major Diogo, 51 Fone: 3101-4841
Fone: 3214-1120
Moda, Perfumaria, Produtos Naturais, Informática, Cabeleireiros, Bombonière e Lavanderia.

Galeria Metrópole
Av. São Luís, 187 / Pça. Dom José Gaspar, 134
Fone: 3214-1120
É uma das maiores e mais tradicionais galerias do Centro. Tem diversos bares, restaurantes, lanchonetes, lojas e muitas agências de turismo. Dá passagem para a rua Basílio de Gama.



Galeria Nova Barão - 1962



R. Barão de Itapetininga, 37 / R. Sete de Abril, 154
Única galeria do centro a céu aberto com dezenas de lojas de roupas, eletrônicos, perfumes, papelaria, sapatarias, artigos para presentes, joalherias, restaurantes e lanchonetes. O segundo pavimento, chamado de rua Nova Barão Alta, é dotado de pitorescos jardins. Nesta parte existem lojas variadas, incluindo agências de turismo, ópticas, etc, mas a maior concentração é de salões de beleza No 2º andar possui LPs raros de todos os estilos. É passagem da rua 7 de Abril para a Rua Barão de Itapetininga e vice-versa.
Galeria Pajé
R. Barão de Duprat, 315


Galeria Presidente
R. 24 de Maio, 116 / R. D. José de Barros, 270
Fone: 3337-4168

Ótica, Xerox, CD'S,  Atualmente, é point da comunidade afro-brasileira e cabeleireiros afro.

Galeria Prestes Maia

No Centro da Praça do Patriarca
É a única que não é comercial. Nesta galeria está o Masp Centro, atualmente em reforma. Dá passagem da Praça do Patriarca para o vale do Anhangabaú (baixos do Viaduto do Chá).




Galeria R. Monteiro - 1960




R. 24 de Maio, 77 / R. Barão de Itapetininga, 267
Fone: 3221-0500
Serve de passagem da Rua 24 de Maio para a Rua Barão de Itapetininga e vice-versa. Têm lojas de eletro-domésticos, roupas, bijuterias, perfumarias, foto, eletrônicos, farmácia de manipulação e homeopatia, cabeleireiros e manicures, presentes, óptica, roupas e artigos indianos. Na sobreloja tem um ótimo restaurante (comida por kilo) e um café, uma loja de fios, cursos de artesanato (tricô e crochet, etc) e uma clínica podológica (calista). Vale a pena visitar. Entrada pela rua 24 de Maio, 77

Galeria V. Normandia
Av. Ipiranga 324 / Av. São Luís 134
Fone: 3257-4208 / 3257-8215

Cabeleireiros, Lanchonete, Papelaria, Doceria.


Galeria Zarvos


R. da Consolação, 222
Fone: 3257-3511
Localizada no edifício do mesmo nome, tem agências de turismo, restaurantes e lanchonetes. Além do Club Royal (onde era o Paddock) tem bons cafés, além das Agência Look de revistas importadas Entrada pela Av. São Luís, 258 e pela rua da Consolação, 222.

Shopping Light
Rua Cel. Xavier de Toledo, 23 / Viaduto do Chá
Fone: 3154-2299
200 Lojas Diversas; Praça de Alimentação.
Shopping Porto Geral
Ladeira Porto Geral, 14 - Centro
Fone: 3101-1162
Bijuterias, Perfumarias, Praça de Alimentação.


sexta-feira, julho 25, 2014

Que Deus livre a Terra Santa dos seus filhos....

O Senhor da Guerra...Legião Urbana
Credo - Consuelo de Castro
Eu dou esmola a bêbado,  eu me emociono com beijo de novela e morro de inveja das coxas da Madonna. Eu acredito em fidelidade conjugal, tesão sem prazo de validade. Eu acredito que dinheiro não traz felicidade, o importante é competir, o fracasso é pedagógico, beleza não põe a mesa, dias melhores virão e o que passou, passou. Tem pílula que emagrece dormindo, creme que tira ruga na primeira passada, arte e democracia emanam do povo e em seu nome são exercidas. Muito em breve não haverá mais um só analfabeto em todo o território nacional, não haverá uma só menina vendendo o corpo pra comprar cocada, um só recém-nascido morto em berçário ou casebre, um único velho maltratado, não haverá tortura nas delegacias, na delegacia tortura será coisa dos anais da história, acredito no fim da miséria, da arrogância e do desprezo. Que fechando os olhos eu acredito que a dor passa, o telefone toca e o amor chega. E todos os homens que batem em mulher serão ridicularizados em público e terão seus nomes publicados em dossiês municipais e até bairro a bairro, em caso de megametrópole é assim que vai ser. Acredito no que me ensinaram a acreditar e no que me desensinaram também. No que foi prometido e no que não foi. No que se cumpriu e no que ficou na intenção ou nem isso. Eu acredito no que quero, quando quero e só se quero. Porque cínica ou crédula no meu coração mando eu. E mais do que tudo acredito no que me ensinou o maestro Mignone no primeiro dia de aula de canto orfeônico: se a gente canta o hino nacional com a mão no coração, a pátria mãe será sempre gentil e jamais nos deixará ao desamparo.

PS: Poderia ser chamado "O enganado".
"O destino do homem como se assemelha ao vento 
A alma do homem que se assemelha à água 
Por que tanto tormento, tanta aflição? 
Morrer é só não ser visto 
É preciso abraçar a volúpia 
Fartar-se de prazeres 
Não ter medo da morte"

 Johann Wolfgang von Goethe 

quinta-feira, julho 24, 2014

Não há nada, nada mais fútil, mais falso, mais perverso, mais vão, nada mais necessário que a escola...huumm
Ossos
Do fundo do sepulcro os ossos falam. O verbo é a imagem das suas tibiezas: e os ossos falam mais da vida que da morte: eis os ossos de reis e de rainhas, de donos da terra e de escravos. Os ossos dos primeiros e dos últimos são ossos iguais a ossos. A eloquência dos ossos, silenciosa, traz mais verdades que provérbios        e salmos. Eles falam, e nos contam segredos em parábolas: “quando ossos          fecundam outros ossos, quando ossos enterram outros ossos e não vêem o seu sangue em outros ossos. Quando ossos comem carne e deixam ossos a outros ossos, quando ossos matam ossos, é tempo de cegar a carne, e ouvir o silêncio dos vossos próprios ossos”.
Daniel Mazza

Dois grupos

Ariano Suassuna
A humanidade se divide em dois grupos, os que concordam comigo e os equivocados.

Ariano Suassuna (1927 - 2014) dramaturgo e poeta brasileiro, ocupava desde 1990 a cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras.

quarta-feira, julho 23, 2014

Gostaria que você enxerga-se o mundo
Coloquem-me à frente de sujeitos que enxerguem o mundo como meus olhos o enxergam, e então nascerá uma nação que fará Roma e Esparta parecerem conventos de freiras
Friedrich Schiller                                                                                                                 
Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo 
Prefiro acreditar no mundo do meu jeito                                     
Segredos revelados
Difícil fotografar o silêncio.
Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada, a minha aldeia estava morta. Não se via ou ouvia um barulho, ninguém passava entre as casas. Eu estava saindo de uma festa,.
Eram quase quatro da manhã. Ia o silêncio pela rua carregando um bêbado. Preparei minha máquina.
O silêncio era um carregador?
Estava carregando o bêbado.
Fotografei esse carregador.
Tive outras visões naquela madrugada. Preparei minha máquina de novo. Tinha um perfume de jasmim no beiral do sobrado. Fotografei o perfume. Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.
Fotografei a existência dela.
Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo. Fotografei o perdão. Olhei uma paisagem velha a desabar sobre uma casa. Fotografei o sobre.
Foi difícil fotografar o sobre. Por fim eu enxerguei a nuvem de calça.
Representou pra mim que ela andava na aldeia de braços com maiakoviski – seu criador. Fotografei a nuvem de calça e o poeta. Ninguém outro poeta no mundo faria uma roupa
mais justa para cobrir sua noiva.
A foto saiu legal.

terça-feira, julho 22, 2014

Vamos dançar?  Ha esqueci, somos civilizados.

Diariamente reuniam-se para assistir aos noticiários de TV e aguardavam a programação noturna como um ritual familiar. Entre eles havia muita proximidade afetiva e poucas palavras balbuciadas nos intervalos comerciais. Entretanto, tinham um pacto de cumplicidade que dispensava a quebra do silêncio. Em algumas cenas, todos coravam, mas sabiam da vida o bastante para entender que muitas coisas não deveriam nunca dizer.

domingo, julho 20, 2014

Vídeo mais poesia
Tristes tempos estes, meus caros, quando, a toda hora, somos obrigados a defender... O óbvio!

Nós estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os carácteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos, ninguém!
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Por toda parte dizem: “o país está perdido!”
Algum opositor do atual governo?... Não!
O futuro da Edução no Brasil

É bem possível que a cidade esteja bem. Nossa cabeça em ordem, a educação pública e a cabeça em ordem. O futuro, a educação pública e a cabeça em ordem. O futuro talvez não. Só a cabeça e nunca a educação publica. Nem tanto assim os órgãos. Quem sabe, só a cabeça. Ao fim e ao cabo, a cabeça. É quase certo que sim. É bem possível. Deve ser. Mas a educação pública não, afinal o caos é a última porta.  
   Um dia

Um dia, tudo será memória. As pessoas que andam naquela rua, as gentis, as sábias, as más, todas, todas serão memória, o mendigo que passa sem o cão, o ginasta, a mãe, o bobo, o cético, a turista, deus, inclusive, regendo o fim das coisas memoráveis, também será memória. Deus e os pardais. Os grandes esqueletos do museu britânico e todo sofrimento serão memória. Eu, sentado    aqui, serei só esses versos que dizem haver um eu sentado aqui.