sábado, dezembro 02, 2017

Finda
A conclusão de tudo é só a morte 
e não há mais epílogo nem finda. 
Não se termina o verso nem o curso 
mudamos à conversa interrompida. 

Não findamos o verso nem acaba 
o desfazer-se o mar contra esta praia. 
A conclusão de tudo é só a morte, 
nem o silêncio quebra a sua amarra. 

Sequer há conclusão? Sequer há morte 
nas palavras deixadas pelos recantos 
mais sujos e perdidos do seu norte? 

Amor que nos moveu no desalento, 
a pátria destes versos foi só pura 
imaginação por dentro da memória. 

(Mas já outras canções nos estremecem: 
longe do coração começa a História.) 

Luis Filipe Castro Mendes

sexta-feira, dezembro 01, 2017

Se minha Teoria da Relatividade estiver correta, a Alemanha dirá que sou alemão e a França me declarará um cidadão do mundo. Mas, se não estiver, a França dirá que sou alemão e os alemães dirão que sou judeu.
Albert Einstein

quinta-feira, novembro 30, 2017

O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.

quarta-feira, novembro 29, 2017

Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina.
Paulo Freire

terça-feira, novembro 28, 2017

LEGÍTIMA APROPRIAÇÃO
Copio e assino essa frase encontrada no velho Schopenhauer: "A soma de barulho que uma pessoa pode suportar está na razão inversa de sua capacidade mental".
Mário Quintana

segunda-feira, novembro 27, 2017

No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...
Mario Quintana

domingo, novembro 26, 2017

QUEM ME DERA

Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois
Que vem a chiar, manhãzinha cedo, pela estrada,
E que para de onde veio volta depois
Quase à noitinha pela mesma estrada.

Eu não tinha que ter esperanças — tinha só que ter rodas ...
A minha velhice não tinha rugas nem cabelo branco...
Quando eu já não servia, tiravam-me as rodas
E eu ficava virado e partido no fundo de um barranco.
Alberto Caeiro