sábado, outubro 24, 2015

MUDE - Edson Marques

sexta-feira, outubro 23, 2015

Assistindo o Fantástico mundo dos horrores que a TV insiste em fazer-me acreditar lembrei de Jean Rostand
"Não se preocupem, amigos. Não acontecerá nada do que temem. Acontecerá coisa pior!"

Ri sou sensível ao humor

quinta-feira, outubro 22, 2015

A estrela que há em mim se junta com o tucano que há em você e propõe: "vamos fazer uma República Utópica?".
O princípio da realidade passa com a sirene aberta, pára e nos autua em flagrante.
Adaptação livre de  Alex Polari

quarta-feira, outubro 21, 2015

Fazer política é passar do sonho às coisas, do abstrato ao concreto.
A política é o trabalho efetivo do pensamento social.
A política é a trama da história.
A política é a vida e a vida é o presente.
Nesse quadro, o instinto de conservação, o estertor agonizante do passado, se chama reação.
Já a gestação dolorosa, o parto sangrento do presente, se chama revolução.
José Carlos Mariátegui

terça-feira, outubro 20, 2015

Todo mundo aceita que ao homem cabe pontuar a própria vida: que viva em ponto de exclamação, se tiver a alma dionisíaca. Que viva em ponto de interrogação, em caso de filosofia ou de poesia. E que viva equilibrando-se entre vírgulas e sem pontuação (na política!). O homem só não aceita do homem que use a pontuação fatal: que use, na frase em que vive, o inevitável ponto final.

segunda-feira, outubro 19, 2015

Fernando Pessoa

A morte chega cedo,  Pois breve é toda vida  O instante é o arremedo  De uma coisa perdida.  O amor foi começado,  O ideal não acabou,  E quem tenha alcançado  Não sabe o que alcançou.  E tudo isto a morte  Risca por não estar certo  No caderno da sorte  Que Deus deixou aberto.



domingo, outubro 18, 2015

Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços E chama-me teu filho. Eu sou um rei que voluntariamente abandonei O meu trono de sonhos e cansaços. Minha espada, pesada a braços lassos, Em mão viris e calmas entreguei; E meu cetro e coroa — eu os deixei Na antecâmara, feitos em pedaços Minha cota de malha, tão inútil, Minhas esporas de um tinir tão fútil, Deixei-as pela fria escadaria. Despi a realeza, corpo e alma, E regressei à noite antiga e calma Como a paisagem ao morrer do dia.

Fernando Pessoa