"O pensamento, meus senhores e minha senhoras, o pensamento apesar de tudo o que se possa dizer dele, é, hoje, estéril. Por que algum dia ele venha a triunfar."
sábado, junho 13, 2015
sexta-feira, junho 12, 2015
|A última sessão do parlamento a ordem do dia era aprovar os agradecimentos a apresentar aos juízes que decidiram proibir a publicação de relatórios policiais pela imprensa.
O presidente da casa levantou um brinde ao rei.
Um ladrão propôs um brinde à prosperidade do comércio; outro brindou os juízes.
Em seguida, o orador fez uma análise dos progressos na arte de roubar, desde a origem até nossos dias. Esse hábito, disse ele, data da antiguidade. Os honestos, bem como os ladrões, mas sobretudo os ladrões, não devem criticar as leis que protegem a propriedade. Elas são o nosso maior apoio. Dão ao público uma falsa sensação de segurança e nos proporcionam os meios de atuar em nossa profissão: o roubo.
Nosso único capital é a astúcia, e quem não a tiver deverá ser punido. Hoje, segundo os textos das leis, dispomos de mil maneiras de escapar. Bendito seja o legislador que declarou que antes de nos castigar, era necessário que se provasse o delito. Presenteou-nos com uma verdadeira guarda de honra!
Honoré de Balzac
quinta-feira, junho 11, 2015
Fiz ranger as folhas de jornal abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo de cada fronteira distante subiu um cheiro de pólvora perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos nada de novo há no rugir das tempestades.
E logo de cada fronteira distante subiu um cheiro de pólvora perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos nada de novo há no rugir das tempestades.
Não estamos alegres, é certo, mas também por que razão haveríamos de ficar tristes?
O mar da história é agitado.
As ameaças e as guerras havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio, cortando-as como uma quilha corta as ondas.
O mar da história é agitado.
As ameaças e as guerras havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio, cortando-as como uma quilha corta as ondas.
Maiakoviski
quarta-feira, junho 10, 2015
terça-feira, junho 09, 2015
Não sei o quanto fiz
talvez fizesse hoje d'outra arte
caminho que andei
não andei, me levaram;
era verde e aceitava.
Foi o bom, foi o mau.
Quando doeu, doeu.
Miau.
Hoje se limpa o estrume
se contempla o velame
se reaviva o lume
lembra-se o que se amou
e que talvez ainda se ame
e se espera o restante.
Mais falta que sobeja.
Assim seja.
talvez fizesse hoje d'outra arte
caminho que andei
não andei, me levaram;
era verde e aceitava.
Foi o bom, foi o mau.
Quando doeu, doeu.
Miau.
Hoje se limpa o estrume
se contempla o velame
se reaviva o lume
lembra-se o que se amou
e que talvez ainda se ame
e se espera o restante.
Mais falta que sobeja.
Assim seja.
Renata Pallottini
segunda-feira, junho 08, 2015
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