Quem pensa por si mesmo é livre
E ser livre é coisa muito séria
Não se pode fechar os olhos
Não se pode olhar pra trás
Sem se aprender alguma coisa pro futuro
Corri pro esconderijo
Olhei pela janela
O sol é um só
Mas quem sabe são duas manhãs
Não precisa vir
Se não for pra ficar
Pelo menos uma noite
E três semanas
Nada é fácil
Nada é certo
Não façamos do amor
Algo desonesto
Quero ser prudente
E sempre ser correto
Quero ser constante
E sempre tentar ser sincero
E queremos fugir
Mas ficamos sempre sem saber
Seu olhar
Não conta mais histórias
Não brota o fruto e nem a flor
E nem o céu é belo e prateado
E o que eu era eu não sou mais
E não tenho nada pra lembrar
Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais
sábado, agosto 08, 2015
sexta-feira, agosto 07, 2015
quinta-feira, agosto 06, 2015
O Senhor Richard Löwenthal acredita que a moderna tecnologia reforça a posição dos especialistas em todos os setores da sociedade que vivemos, não só a dos especialistas da técnica, mas também a dos especialistas da organização e da tomada de decisões. De fato o senhor Löwenthaltem razão. Mas isso torna cada vez mais importante saber quem são esses especialistas. São especialistas da guerra ou especialistas da paz? São especialistas da exploração intensiva ou especialistas de uma técnica social e econômica que deseja o inverso? Eu acredito que o papel dos intelectuais é o de zelar para que se formem no futuro os especialistas da libertação. Melhor, para mim a especialização é imoral.
Herbert Marcuse
terça-feira, agosto 04, 2015
A vida se parece com esses militares reformados que envergam o uniforme inutilmente. De que adianta que tão cedo se levantem? De noite já estão com armas, inseguros - falando: Ah, minha vida, Ah minha vida – e contendo as lágrimas. Já é tarde de mais pra aprender a viver. Que de noite solucem juntas as nossas almas. Quanta desgraça é preciso para a menor canção? Quanta tristeza para apagar o fervor? Quantos suspiros para a mais simples música? Não existe amor feliz.
Louis Aragon
Louis Aragon
segunda-feira, agosto 03, 2015
domingo, agosto 02, 2015
Todo mundo aceita que ao homem cabe pontuar a própria vida: que viva em ponto de exclamação, se tiver a alma dionisíaca. Que viva em ponto de interrogação, em caso de filosofia ou de poesia. E que viva equilibrando-se entre vírgulas e sem pontuação (na política!). O homem só não aceita do homem que use a pontuação fatal: que use, na frase em que vive, o inevitável ponto final.
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