sábado, setembro 26, 2015

O Brasil, o Brasil...
O Brasil não é apenas um mundo próprio, mas a soma absurda de uma infinidade de mundos subjetivos e de experiências rituais, que estão muito além do que qualquer sociologia, história ou psicologia conseguiria aprender.

sexta-feira, setembro 25, 2015

Nós vamos ensinar a você o fervor.
Nossos atos se prendem a nós,
como ao fósforo sua luz.
Nos consome
é verdade,
mas fazem nosso esplendor.
E se nossa alma valeu alguma coisa
é por ter ardido mais intensamente do que outras.
Vamos ensinar a você o fervor.
Uma existência patética.
Não a tranquilidade.
Ser tranquilo é ser trágico.
Eu não almejo outro repouso que o sono da morte.
Espero depois de ter exprimido nesta terra
tudo que havia em mim.
Satisfeito morreu completamente.
Desesperado por fazer ainda mais.
Nossa vida há de ser diante de nós
como um copo de água gelada.
O copo úmido nas mãos de quem
tem febre e quer beber,
e bebe tudo de uma vez.
Sabendo que devia guardar,
mas não podendo tirar dos lábios o copo delicioso.
Tão fresca é a água
e tão apaziguadora da sede.

André Gide

quinta-feira, setembro 24, 2015

A indiferença nada mais é que a incapacidade de perceber as diferenças.
É um estado anormal, no qual perde a nitidez a fronteira entre a luz e a escuridão, a alvorada e o crepúsculo, o crime e o castigo, a crueldade e a compaixão, o talento e a mediocridade.
Assim é a indiferença!

quarta-feira, setembro 23, 2015

É PURA INÉRCIA MENTAL SUPOR QUE, À MEDIDA QUE AVANÇA A HISTÓRIA, É MAIOR O ESPAÇO PARA QUE O HOMEM SE REALIZE COMO INDIVÍDUO.
NÃO! A HISTÓRIA ESTÁ CHEIA DE RETROCESSOS E É CERTAMENTE A ESTRUTURA DA VIDA EM NOSSA ÉPOCA O QUE MAIS IMPEDE O HOMEM DE VIVER COMO PESSOA.
 

José Ortega y Gasset

terça-feira, setembro 22, 2015

É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra.

segunda-feira, setembro 21, 2015

Já tinha sido. Portanto, é como se fosse. Não ser mais... Não quer dizer nada. Se é, é e pronto. se foi, já foi. A realidade está aí, à vista de todos. Não há porque desconfiar. É tudo muito simples para se tornar Complicado. Há que aceitar os fatos Como são. Se são, são. Se não são, não são!... Mas, cá entre Nós, eles podem ser como se fossem Ou como poderiam ter sido. E é esse, exatamente,o nosso caso!Já tinha sido. Portanto, é como se fosse. Não ser mais... Não quer dizer nada. Se é, é e pronto. se foi, já foi. A realidade está aí, à vista de todos. Não há porque desconfiar. É tudo muito simples para se tornar Complicado. Há que aceitar os fatos Como são. Se são, são. Se não são, não são!... MasJá tinha sido. Portanto, é como se fosse. Não ser mais... Não quer dizer nada. Se é, é e pronto. se foi, já foi. A realidade está aí, à vista de todos. Não há porque desconfiar. É tudo muito simples para se tornar Complicado. Há que aceitar os fatos Como são. Se são, são. Se não são, não são!... Mas, cá entre Nós, eles podem ser como se fossem Ou como poderiam ter sido. E é esse, exatamente,o nosso caso!, cá entre Nós, eles podem ser como se fossem Ou como poderiam ter sido. E é esse, exatamente,o nosso caso!
Fernando Aguiar

domingo, setembro 20, 2015

Estes senhores da cidade, senhores compenetrados que já não sabem dançar à noite sob o luar, que já não sabem andar sobre a carne de seus pés, que já não sabem contar histórias noite adentro!... ora, escuta mundo branco! escuta nos seus argumentos grandiosos o seu miserável estertor. quanto a nós, negros, só nos resta a piedade. piedade para os nossos vencedores oniscientes e ingênuos! 
Léopold Senghor