Fizeste bem em partir, Arthur Rimbaud! Teus dezoito anos refratários à amizade, à maledicência, à tolice dos poetas de Paris, bem fizeste em dispersá-lo pelo vento do largo, de lançá-los ao gume da sua precoce guilhotina. Tiveste razão em abandonar o boulevard dos preguiçosos, o bom dia dos simples. Este pulso absurdo do corpo e da alma, esta bala de canhao que atinge o alvo e o explode. Sim, está é a vida de um homem.
René Char