Já somos o esquecimento que seremos, a poeira elementar que nos ignora, não foi Adão e que é agora todos os homens. Nós somos apenas as duas datas: a do princípio e a do fim. Eu não sou o insensato que se aferra ao mágico som de seu próprio nome. Eu penso com esperança naquele homem que não saberá o que eu fui sobre a terra. Em baixo do indiferente azul do céu, esta meditação é um consolo.
Jorge Luis Borges
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