Eu não quero o fácil, o manso, o
maleável.
Não são para mim o claro, o concluso.
Eu quero o amargo, o áspero, o cortante
fios das lâminas e o ardor.
Venha o impuro, o dolorido rasgar das
entranhas e o derramar do fel garganta abaixo.
Abandonei as amplas claras praças,
esquadrinhos, becos, as vielas esconsas inexatas.
Eu sigo no rumo estreito da incerteza
com lascas me ferindo a palma e olho.
Entre cacos e gumes, entre gritos sem
respostas.
E nem sei afinal se estou morrendo.
Deni Gomes
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