Separados pela língua, pela política e pela história de seus colonizadores, tem em comum uma memória coletiva. Eles aprenderam que do utensílio o branco sabe tudo. Mas o utensílio apenas arranha a superfície das coisas, desconhece a duração, ignora a vida.
Já a negritude, ao invés, é uma compreensão por simpatia.
O segredo do negro é que as fontes de sua existência e as raízes de ser são idênticas. O negro sabe que plantar é engravidar a terra. Depois cumpre ficar imóvel, espiar, por que ele, homem, cresce ao mesmo tempo que seus cereais.
Se labor em África, é a repetição de ano em ano do coito sagrado.
As técnicas contaminaram o homem branco, mas é o negro o grande macho da terra, o esperma do mundo.
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