Início dos anos sessenta, no dia em que os franceses evacuaram Argel, abandonando a cidade à sua própria sorte. A população invade as ruas e chega, em sua caminhada alegre e errante, à estação de televisão. Os estúdios escancarados e o equipamento esparso não queriam dizer nada à multidão. Até que, sem querer, alguém liga uma câmera e uma imagem surge na tela do monitor. Os manifestantes reconhecem seus rostos, divertidos e encorajados e começam a brincar de imitar a televisão. Logo deduzem que a imagem vista no monitor era vista na cidade e, quem sabe, em toda Argélia. Eles podiam, enfim, se mostrar aos outros. Então, cantam, dançam e dizem poesias freneticamente!...
A festa desenfreada termina com a chegada da polícia e do exército. Os soldados desligam as câmeras, expulsam a multidão e, para afirmar seu domínio sobre a televisão pública, lacram os estúdios. E terminou assim a única experiência de que se tem notícia de uma televisão autenticamente popular.
A festa desenfreada termina com a chegada da polícia e do exército. Os soldados desligam as câmeras, expulsam a multidão e, para afirmar seu domínio sobre a televisão pública, lacram os estúdios. E terminou assim a única experiência de que se tem notícia de uma televisão autenticamente popular.
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