quinta-feira, agosto 21, 2014

Meu erro
Um ou dois poemas de sentido oculto, um galho seco de açafrão e a necessidade de ficar sóbrio sobre as cinzas. – Eis todo o meu saber.
Se me perguntarem por quê?, vou jurar que não sei, que não sou desses que sabem.
Talvez um dia eu tenha pensado conhecer os pontos cardeais, as fases da lua e frases da rua: mas o Sol é sábio e ensina todos os dias sua lição de incerteza.
Uma vez, no oco branco da noite, pensei que o amanhecer me traria pássaros fáceis e obedientes. Falhei! – O ferro quente do erro, o ferro fértil do erro.

Carlos Machado

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