quarta-feira, junho 08, 2016

A pálida luz da manhã de inverno,  
O cais e a razão   
Não dão mais 'sperança, nem menos 'sperança sequer,   
Ao meu coração.  
O que tem que ser   
Será, quer eu queira que seja ou que não.  
No rumor do cais, no bulício do rio   
Na rua a acordar   
Não há mais sossego, nem menos sossego sequer,   
Para o meu 'sperar.   
O que tem que não ser   
Algures será, se o pensei; tudo mais é sonhar.

Da Pessoa, Fernando

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