O negro preto na senzala branca
Proclamou seu grito de guerra
Dando a vida pela liberdade,
O sangue pelos direitos,
Seus punhos pela igualdade...
Mas até hoje, o pobre do negro preto
Continua a lutar pelo seu espaço,
A ser vitima da segregação,
Sendo mal visto e confundido:
Como criminoso, como ladrão...
Mesmo com todo esse labor,
O excluído negro preto
Luta com todo seu fervor,
Incessantemente, pelos seus feitos,
E na busca da dignidade e do seu valor...
Ex-escravo, e agora trabalhador,
O persistente negro preto
Não sonha com vida de patrão,
E sim, na preservação da humildade,
Abraçando todos os seus direitos de cidadão...
Sua fidedigna identidade de guerreiro
Cativa a equidade, mantém o seu libido,
Por isso, o comprometido negro preto
Persevera sua alma e seu convívio,
Para ser o Senhor do seu próprio umbigo.
Ademir Santana da Silva
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