terça-feira, novembro 17, 2015

Também eu sou um homem mortal, igual a todos, filho do primeiro que a terra modelou, feito de carne, no seio de uma mãe, onde, por dez meses, no sangue me solidifiquei, de viril semente e do prazer, companheiro do sono.

Ao nascer, também eu respirei o ar comum.
E, ao cair na terra que a todos recebe igualmente, estreei minha voz chorando, igual a todos.

Criaram-me com mimo, entre cueiros.
Nenhum rei começou de outra maneira.
Idêntica é a entrada de todos na vida, e idêntica é a entrada de todos na saída.

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