Eu vi tuas crianças
Destruídas como lagartas por
Uma centena de noviças abutres,
Seviciadas pela ausente luminosidade
Da natureza criadora.
Havia um azul imparcial
Vigiado pelas sanguessugas baratinadas
Pelo telhado roído.
Um jardim de ondazul sempre
Grande, pousava beija-flores
Nos seus olhos vazados,
É devorado com paciência
Pela paisagem de morfina.
Enquanto o mundo dos insatisfeitos
Semeava o antigo clamor
Da crucifixação encarnada.
Eu vi o horror no reino do interno,
Onde adolescentes católicos
Percorrem os corredores
Tingindo seus olhos com lágrimas
Vulneráveis negras sodomizadas
Nos banheiros.
E as pobres cabeças cartesianas
Digerem o aquário, onde os mortos
Vagam na noite normal, cumprindo percurso,
Procurando um anjo de fogo
Iluminado.
Onde a cabeça é uma batata
Submersa no vidro de picles,
Conservado por góticas beatas,
Reino-vertigem glorificado
Espectro vibrando espasmos.
Há um sino que toca,
Chamando as ovelhas desgarradas,
A catedral na desordem se decompõe
Nos pavimentos, onde o sopro de vida bate
Pelos ventiladores, os pássaros,
As nuvens costuram o espaço avermelhado
De um céu com dentes.
As crianças com a mente
Racham-se de encontro às hélices,
A plenitude da alma despedaçada
Roda rodando como teus olhos
Diminuem na paisagem,
Derramando o grito.
Horizonte branco de asas devoradas
Na bacia embebida de sangue,
Janelas trancadas do caos.
Enquanto velhas histéricas
Distribuem bombons
Aos anjos desolados.
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